Será que esse saudosismo não nos traz uma visão distorcida da realidade? Não é mais um efeito da ilusão da verdade? Concordar com isso, seria termos uma visão míope sobre a evolução de nossa sociedade, sem avaliar todos os pontos de uma cadeia evolutiva dinâmica e com alta demanda por alimentos, saúde, saneamento, transporte, segurança.
Vamos aos fatos. Antes dos tubos de PVC transportávamos nossos esgotos em manilhas de barro, as quais se quebravam facilmente e contaminava tudo nosso lençol freático. Antes dos tubos de água transportamos nossa água em tubos de ferro que através da corrosão, furavam e contaminavam nossa água. Antes das embalagens de plásticos, transportávamos nossos mantimentos em sacos de algodão ou a granel, permitindo assim fácil exposição aos ratos, carunchos, e além da proliferação de doenças, as perdas eram inevitáveis, além de que a produção de algodão gera um alto impacto negativo ao meio ambiente conforme constatado pelas inúmeras Análises de Ciclo de Vida.
Antes das bolsas de soro, sangue, seringas descartáveis, implantes plásticos, máscaras, aventais, e todo o aparato à disposição das clínicas e hospitais, era comum a contaminação e disseminação de doenças, levando alto custo aos sistemas de saúde e várias pessoas á óbito. Sim o plástico salva vidas.
O plástico veio com uma evolução dos materiais, pois é um produto leve, consome pouca energia no seu processo produtivo, consome poucos recursos naturais e um produto muito leve e fácil de ser transportado.
Assim como o plástico, muitas indústrias evoluíram, nossa agropecuária por exemplo, se tornou expoente mundial em produtividade, a indústria de alimentos, permitindo produtos mais saudáveis e com maior tempo de prateleira, facilitando assim o transporte, o armazenamento e o consumo, evitando perdas onerosas, setor de transportes, com carros e aviões mais leves permitindo menor consumo de combustível e menor pegada de CO2.
E tudo isto só foi possível graças á evolução dos materiais, inclusive o plástico que desempenha um papel muito importante.
Entendemos a preocupação com o meio ambiente, mas culpar um material pelos maus hábitos de descarte de resíduos não é producente.
Precisamos buscar conhecimento e entender os desafios do mundo moderno para que possamos trazer soluções adequadas e ambientalmente sustentáveis. Investimentos em coleta e separação de resíduos, educação eficiente, valorização da reciclagem, para que todos os nossos resíduos e não somente o plástico, sejam descartados de forma correta, aproveitados como matéria prima, reciclados, e retornem ao setor produtivo, propiciando assim sua inclusão como novo produto ao ciclo produtivo,
Este é o conceito de economia circular e o plástico se encaixa corretamente dentro do mesmo.
Por
– Amarildo Bazan
– Claudio Marcondes
– Julio Harada
– Manoel Lisboa
Muito bom
Lembrando que, no final da vida útil da sacola de supermercado, ela ensaca o lixo úmido das cozinhas.
Esse uso evita mau cheiro nas lixeiras dos prédios, casas e condomínios e, ainda, por não deixar passar o chorume produzido pelos restos de comida, preserva o lençol freático.