O programa Tampinha do Bem, organizado pelo Sindiplast-ES, em parceria com o projeto Guaratampinhas, comercializou cerca de 480 Kg de tampas e 156 Kg de sacolas e garrafas plásticas recolhidas na cidade de Guarapari. Os recursos financeiros obtidos serão destinados à entidade de cuidados com animais e ao projeto social Jardim das Borboletas, que cuida de crianças com Epidermólise Bolhosa, em Caculé, sul da Bahia.
A Epidermólise Bolhosa, que se manifesta já no nascimento, é uma doença genética e hereditária rara, que provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas. O superintendente do SindiplastES, Gilmar Nogueira, explica que o projeto Tampinha do Bem promove e incentiva o processo da Economia Circular. Em Guarapari o Sindicato contribuiu de forma significativa para tornar possível a venda do produto arrecadado.
“O SindiplastES, nesta ação específica de Guarapari, atuou como intermediário identificando um comprador para o produto arrecadado. Esta é uma das nossas funções neste processo. Pelo projeto Tampinha do Bem incentivamos o recolhimento das tampinhas, mas não recebemos nada pela comercialização do material”, comentou.
De acordo com Sônia Garcia, responsável pelo projeto Guaratampinhas, foram necessários 6 meses para juntar este quantitativo de material. Segundo ela, foram definidos vários pontos de arrecadação no comércio local e a população em geral contribuiu. “Sempre fiquei incomodada em ver cachorros abandonados na rua. Antes da pandemia eu conheci uma pessoa em Guarapari que fazia o trabalho de recolher tampinhas plásticas para vender e ajudar a castração de animais de rua. Então conversei com o Gilmar do SindiplastES e ele nos ajudou a identificar os compradores para o que arrecadamos. Deu certo e estamos felizes com o resultado”, destaca Sônia.
Tampinha do bem
O projeto Tampinha do Bem existe no Espírito Santo desde 2016. Nos últimos cinco anos, já recolheu cerca de 12 toneladas de tampas de garrafas plásticas, destinadas à reciclagem e ao reaproveitamento. “As ações que realizamos ajudam a mudar a mentalidade da sociedade, transformando a cultura de lixo na da reutilização”, destaca o superintendente, Gilmar Nogueira.
“Para mudar uma cultura, leva-se até 20 anos. Educação ambiental é um grande desafio. Então, achamos relevante iniciar, fomentar o programa Tampinha do Bem nas escolas. Estimulamos a realização de gincanas em que as crianças recolhem tampinhas e premiamos as escolas campeãs”, explica o presidente do Sindiplast-ES, Jackley Maifredo.
Para o SindiplastES o projeto neste formato fecha o ciclo da economia circular. O Sindicato acredita e apoia este conceito econômico que prevê que os resíduos de uma indústria sirvam de matéria-prima reciclada para esta mesma ou para outras indústrias, evitando o descarte dos resíduos na natureza, gerando poluição.
0 comentários